...Einstein...

...Einstein...
Pelo sexto aniversário a Inês pediu como prenda de anos uma tartaruga, foi duas semanas antes. No fim de semana seguinte ao seu aniversário, quando esteve novamente com o pai, e ao receber a tartaruga como prenda recusou levá-la para casa, mesmo tendo brigado com a Rita para a segurar no caminho até minha casa. Batizaram-na de Einstein. O motivo que a Inês invocou para não a levar era o facto de ser um animal muito perigoso, feio, e muito barulhento. Einstein está bem de saúde, foi criada com todo o carinho pela Ana Lúcia por muito tempo, ela sabia o que representava para mim aquela tartaruga. Alguns anos depois passou a viver num pequeno lago na Ponte da Mata, cuidada em especial pelo meu sogro que adora animais. Cresceu em demasia, o lago tornou-se pequeno, esteve sempre só...Hoje está cá na aldeia numa outra casa, foi acolhida por outra familia, um outro menino, vive feliz num lago grande juntamente com outras tartarugas, está bem, só que nenhuma destas famílias da Ponte da Mata, deveriam ser a sua familia.

domingo, 19 de abril de 2009

Irei amar-vos para sempre...

Filhas, a vida tem sido muito complicada, o pai tudo o que pretende é que de alguma maneira possam perceber o quanto eu gosto de vocês, mas não tem sido fácil conseguir com que o percebam, mas eu não vou desistir.
Quando me divorciei da vossa mãe, achei que iria manter com vocês uma relação normal como aquela que mantinhamos até então, eu estava a divorciar-me da vossa mãe e não de vocês mas a verdade é que não consegui que percebessem essa diferença, e com o passar do tempo tenho estado a perder-vos a cada dia que passa, não conseguindo até hoje encontrar o caminho certo para chegar a vocês e ao vosso coração.
Pedi ajuda a dezenas de pessoas, muitas delas até se dispuseram a tentar ajudar, mas houve sempre algumas dificuldades por este ou aquele motivo, mas também não os irei referenciar aqui, pois o que pretendo com este blogue são atitudes positivas e não o lavar de roupa suja que não levará com certeza a lado nenhum.
Quando já não havia mais solução pacífica para o problema, não me restou alternativa, tive que recorrer ao tribunal de menores para que este me ajude a que seja cumprido o acordo de regulação paternal celebrado entre mim e a vossa mãe, pois ela não o está a cumprir, e eu não sinto que esteja a pedir nada de mais, só quero ter uma normal relação com vocês como era até então, não é justo que seja excluído das vossas vidas.
Filhas eu sei que um dia perceberão as minhas razões, não tenho quaisquer dúvidas, mas até lá ainda há um caminho a percorrer e eu precisava que também vocês me ajudassem a encontrar esse mesmo caminho, não é refugiando-se no silêncio que algum dia vomos resolver alguma coisa, Rita eu sei que entendes o que aqui escrevo, a Inês é mais pequena mas um dia também irá perceber.
É claro que vou sabendo mais ou menos dos paços que vão dando nas vossas vidas, porque me preocupo e porque vou procurando saber através das escolas dos professores, de algumas pessoas que vão estando por aí mais presentes nos vossos dia a dia, mas isso não me chega eu quero ser parte activa das vossas vidas, quero estar mais próximo de vocês, saber o que fazem e o que sentem, esse é o papel de um pai, acompanhar-vos sempre nos bons e maus momentos, e por isso irei lutar sempre.
Vocês são e serão para sempre as minhas queridas filhas!

O começo da história...

Este blogue começa, porque tenho duas filhas que amo e com quem praticamente não falo, e sinto necessidade de deixar aqui o meu testemunho na esperança não só de que possa ser um espaço onde as minhas filhas um dia possam perceber o quanto o pai gosta delas, mas também para que possa servir de alguma ajuda a outros pais que possam sofrer com problemas idênticos, talvez o meu testemunho ajude, queira Deus que sim.