Olá Ricardo, se aqui vieres, quando vieres, este comentário é porque fiquei a pensar em tudo isto com uma outra visão, o meu sofrimento que não é nada tido em conta pelas instituições.
Ao longo do tempo não me tenho preocupado muito comigo, pensei sempre nas minhas filhas e, no superior interesse das crianças... essas coisas bonitas que dizem, mas pelas quais não zelam, falo dos tribunais e das instituições que fazem uma suposta mediação; fui pensando nas crianças e nunca me lembrei do quanto tenho sofrido, porque os métodos têm sido desajustados, não sei se não sabem ou não querem ver, sei também que se forçar muito vão dizer que o problema está nos adultos, que têm ainda problemas por resolver, mas eu pergunto: -Não terei eu direito ao contraditório? será que terei que concordar com metodologias que até hoje não levaram a lado nenhum? Quanto tempo mais terei de esperar que os tribunais e as instituições façam com que se cumpra a lei? Se por um lado se recusam a averiguar dizendo que não lhes compete fazer investigação, por outro cooperam com quem prevarica, e ainda me põem nessa situação que é fazer visitas atrás do vidro, agora ainda ter ainda a mãe ao meu lado, entro a 10 minutos do fim, as minhas filhas rejeitam interacção comigo, e no fim quando se reunem outra vez com a mãe, ela ainda manifesta para com as filhas, uma reacção de carinho, como quem diz: -safaram-se bem parabéns, tudo com a conivência das técnicas; se não é assim que se passa é assim que interpreto.
Talvez, esteja mesmo na hora de dar a conhecer ao mundo o meu caso, porque se os tribunais e as instituições não conseguem cumprir com o seu papel, que seja a opinião publica a fazer o seu juizo, porque aí tudo se leva mais a sério e ao pormenor. É triste que assim tenha de ser, mas já estou cansado de esperar por algo que não acontece, porque não existe vontade nem coragem para tomar as decisões certas, infelizmente assim é no nosso país.
...Einstein...

Pelo sexto aniversário a Inês pediu como prenda de anos uma tartaruga, foi duas semanas antes. No fim de semana seguinte ao seu aniversário, quando esteve novamente com o pai, e ao receber a tartaruga como prenda recusou levá-la para casa, mesmo tendo brigado com a Rita para a segurar no caminho até minha casa. Batizaram-na de Einstein. O motivo que a Inês invocou para não a levar era o facto de ser um animal muito perigoso, feio, e muito barulhento. Einstein está bem de saúde, foi criada com todo o carinho pela Ana Lúcia por muito tempo, ela sabia o que representava para mim aquela tartaruga. Alguns anos depois passou a viver num pequeno lago na Ponte da Mata, cuidada em especial pelo meu sogro que adora animais. Cresceu em demasia, o lago tornou-se pequeno, esteve sempre só...Hoje está cá na aldeia numa outra casa, foi acolhida por outra familia, um outro menino, vive feliz num lago grande juntamente com outras tartarugas, está bem, só que nenhuma destas famílias da Ponte da Mata, deveriam ser a sua familia.
Sem comentários:
Enviar um comentário