
Visitava regularmente as minhas filhas na porta de casa, mas era sempre tenso, sentia que me desrespeitavam, até influenciadas pela mãe e avó, não quero viver esta violência, não quero que a vivam, decidi dar um tempo, forcei a separação mais longa, vou tentando saber se estão bem mesmo que seja muito difícil obter informações.
Nos últimos meses a mãe foi despedida da mesma empresa onde trabalho, não comento nem quero saber de pormenores, terá de ser ela própria a encontrar as soluções para a sua vida, mantenho-me apenas atento, contactei o cpcj a informar da situação, pois pessoalmente nada posso fazer.
Já contactei algumas vezes a minha filha mais velha num chat duma rede social, através de sms, nada mais lhe digo para além daquilo que sinto...saudades...carinho...etc.
Vou manter-me assim, á distância á espera de um pequeno sinal, nunca irei esquecer que sou pai, pago religiosamente a pensão de alimentos que me foi imputada, e se não têm um pouco mais não me sinto culpado pois por diversas vezes tentei perceber o que podiam precisar, mas fazem sempre muita rejeição a tudo o que possa vir da minha parte, não posso obrigar, mas sabem que estou sempre disponível. Actualmente a Rita tem 16 anos e a Inês 11.
Todo este processo foi uma enorme parvoíce, nunca quis forçar nada mas hoje arrependo-me, quis ser benevolente, pensei primeiro nas meninas e deixei que não fosse cumprido o acordo de divórcio, o tempo não volta atrás, mas se voltasse faria tudo diferente, forçaria ao cumprimento do acordo, enfim a falta de experiência e um coração grande demais levaram a má decisão.
Não posso alterar, oactual estado de coisa apenas porque o quero, mas na minha mente mando eu,e posso lembrar do que foi, do que já não é, do que desejo que possa ainda ser.
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