...Einstein...

Pelo sexto aniversário a Inês pediu como prenda de anos uma tartaruga, foi duas semanas antes. No fim de semana seguinte ao seu aniversário, quando esteve novamente com o pai, e ao receber a tartaruga como prenda recusou levá-la para casa, mesmo tendo brigado com a Rita para a segurar no caminho até minha casa. Batizaram-na de Einstein. O motivo que a Inês invocou para não a levar era o facto de ser um animal muito perigoso, feio, e muito barulhento. Einstein está bem de saúde, foi criada com todo o carinho pela Ana Lúcia por muito tempo, ela sabia o que representava para mim aquela tartaruga. Alguns anos depois passou a viver num pequeno lago na Ponte da Mata, cuidada em especial pelo meu sogro que adora animais. Cresceu em demasia, o lago tornou-se pequeno, esteve sempre só...Hoje está cá na aldeia numa outra casa, foi acolhida por outra familia, um outro menino, vive feliz num lago grande juntamente com outras tartarugas, está bem, só que nenhuma destas famílias da Ponte da Mata, deveriam ser a sua familia.
domingo, 11 de novembro de 2018
Ainda sinto sorrisos,
Ainda consigo escutar respirares ofegantes da galhofa e brincadeiras,
Ainda lembro dias lá atrás,
Depois do já não foi e não é.
Ainda lembro birras apesar de poucas,
Lembro corpos de crianças saudáveis e traquinas,
Lembro cabelos bonitos em adorava mexer, afagando com ternura.
Ainda lembro tanta coisa,
Tanto que depois perdemos,
Nos cruéis e sinuosos trilhos da vida.
Há um recanto onde sempre vos encontro,
Desse local nunca sairão,
entraram desde que existem e lá estarão até ao fim da minha existência.
Não vos vejo mas sinto-vos,
Oro e rezo por vós,
Sei de alguns gostos que têm,
Intimamente, mentalmente faço comparações comigo constatando semelhanças,
Há genes que inevitavelmente se reproduzem.
Vocês não são nem nunca foram propriedade de ninguém,
São cidadãs do mundo,
Poeiras deste universo, que vos criou para eu descobrir o verdadeiro sentido da palavra Amor.
Amar-vos-ei eternamente.
Pedro Albuquerque
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