...Einstein...

...Einstein...
Pelo sexto aniversário a Inês pediu como prenda de anos uma tartaruga, foi duas semanas antes. No fim de semana seguinte ao seu aniversário, quando esteve novamente com o pai, e ao receber a tartaruga como prenda recusou levá-la para casa, mesmo tendo brigado com a Rita para a segurar no caminho até minha casa. Batizaram-na de Einstein. O motivo que a Inês invocou para não a levar era o facto de ser um animal muito perigoso, feio, e muito barulhento. Einstein está bem de saúde, foi criada com todo o carinho pela Ana Lúcia por muito tempo, ela sabia o que representava para mim aquela tartaruga. Alguns anos depois passou a viver num pequeno lago na Ponte da Mata, cuidada em especial pelo meu sogro que adora animais. Cresceu em demasia, o lago tornou-se pequeno, esteve sempre só...Hoje está cá na aldeia numa outra casa, foi acolhida por outra familia, um outro menino, vive feliz num lago grande juntamente com outras tartarugas, está bem, só que nenhuma destas famílias da Ponte da Mata, deveriam ser a sua familia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018


Eu sou sangue

Os nossos corações,

São membros dum mesmo sangue,

Em corpos com semelhanças,

Os mesmos genes na sua essência,

Batem forte e levemente,

Vibram e sofrem consoante os degraus do caminho.

Nas nossas veias,

O sangue que nossos corações bombeiam,

Está carregado de experiências de vida,

Gritos de raiva e de revolta,

Mágoa, tristeza, melancolia,

Mas felizmente também invadidas,

Por carinho e ternura,

Paixões intensas e assolapadas,

Amores profundos e verdadeiros.

O nosso sangue,

Sendo dum mesmo gene,

Levará a vós uma mesma fibra,

Uma vida a ser vivida intensamente,

Uma inesgotável resiliência,

Uma busca incessante de caminhos e respostas,

Do sentido da vida,

Do encontro com a felicidade,

Tal como o meu me trás a mim em cada dia.

Serão sempre sangue do meu sangue,

Pedaços de mim e da minha existência,

Próximas ou distantes, num qualquer lugar,

Vivenciando rotinas,

Adquirindo conhecimento e sabedoria,

Espalhando charme e magia,

Ou simplesmente meditando com sinceridade,

Como também eu faço todos os dias,

Em cada novo dia.

Meus Anjos, minhas Deusas, minhas Princesas,

Vocês o foram o são e para sempre o serão,

E sempre estarei convosco,

O sangue que vos corre nas veias também é meu,

No fundo esse sangue também sou eu.

Amar-vos-ei eternamente.

Pedro Albuquerque



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