...Einstein...

...Einstein...
Pelo sexto aniversário a Inês pediu como prenda de anos uma tartaruga, foi duas semanas antes. No fim de semana seguinte ao seu aniversário, quando esteve novamente com o pai, e ao receber a tartaruga como prenda recusou levá-la para casa, mesmo tendo brigado com a Rita para a segurar no caminho até minha casa. Batizaram-na de Einstein. O motivo que a Inês invocou para não a levar era o facto de ser um animal muito perigoso, feio, e muito barulhento. Einstein está bem de saúde, foi criada com todo o carinho pela Ana Lúcia por muito tempo, ela sabia o que representava para mim aquela tartaruga. Alguns anos depois passou a viver num pequeno lago na Ponte da Mata, cuidada em especial pelo meu sogro que adora animais. Cresceu em demasia, o lago tornou-se pequeno, esteve sempre só...Hoje está cá na aldeia numa outra casa, foi acolhida por outra familia, um outro menino, vive feliz num lago grande juntamente com outras tartarugas, está bem, só que nenhuma destas famílias da Ponte da Mata, deveriam ser a sua familia.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

...acabar2009, começar 2010...


Pois é está a acabar 2009, sem grandes motivos para alegrias ou festejos, pelo menos estamos cá com saúde que é o mais importante...

Espero que 2010 seja um ano de mudança, será nesse sentido que farei os meus desejos nas minhas passas á meia-noite; Após o Natal as coisa também não foram famosas, a Rita reclamou das prendas num tom muito negativo, disse que trocou as roupas num tom depreciativo como se ao ter comprado aquelas roupinhas eu tivesse cometido um crime, enfim mais uma atrocidade, ninguém pode gostar realmente de crianças quando incute ou tolera tais atitudes ou comportamentos; Deus é grande e está com certeza a observar...Eu continuarei a defender os valores em que acredito, um dia tudo se resolverá...

Boa passagem de ano, e um óptimo 2010 a todos os meus amigos e conhecidos...

...Eternity...


A palavra eternidade define muita coisa, para mim representa

sentimentos; em relação ás minhas filhas representa o intervalo de tempo

em que irei amá-las... será Eternity...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Outro poema de Carlos Drummond

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver
e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudades de ti,
de nossas convivências em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim tenho saudades.
sim, acuso-te porque fizeste o não previsto
nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Poema de Carlos Drummond Andrade


Acordar, viver

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem Horror?
O sono transportou-me àquele reino onde não existe vida,
e eu quedo inerte sem paixão.

Como repetir, dia seguite após dia seguinte,
a fábula inconclusa, suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?

Como proteger-me das feridas que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento que lembra a terra e a sua púrpura demente?
E mais aquela ferida que me inflijo, a cadas hora, algoz do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.

domingo, 27 de dezembro de 2009

...e lá se passou outro Natal...


No dia 23 (quarta-feira), depois de muito meditar, resolvi ir a vossa casa levar-vos as prendinhas de Natal. Tentei por várias vezes descobrir o que pretendiam, quais os vossos interesses, mas em vão não consegui que mo dissessem; como não descobri, resolvi usar a palavra utilidade e comprei roupinhas para ambas. Para a Rita uns calções ao xadrez em tons de rosa e preto, meias pretas, uma camisola de gola alta preta justinha e ainda uma outra camisola para usar por fora com motivos da zara kids; para a Inês, uma mini-saia preta com uns adereços muito giros, meias rosa-choque, igualmente uma camisola de gola alta preta e também uma camisola branca da zara; não sei se vos irei ver com aquelas roupas vestidas, mas imagino que ficarão lindas. Juntei nas vossas prendas uma agenda e um livro á Rita, e 2 livros á Inês, bombons para ambas, e ainda um envelope com dinheiro para que possam comprar algo de que gostem, expliquei á Rita. A recepção que tive quando aí cheguei não foi calorosa, à Rita nem um simples beijo consegui dar, porque ela recusou, mas pelo menos desta vez não atiraram as prendas fora, mas também não agradeceram, nem um simples"obrigado".
O meu natal, foi por aqui por casa, em família, com muita paz, mas muitas vezes com a tristeza no meu coração pois não consigo vislumbrar os caminhos para chegar ás minhas filhas; ...a vida...por vezes...é tramada...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

...Mudanças, é nesse sentido que segue o relatório do NUSIAF, talvez quem sabe...

Fui demanhã ao NUSIAF para nos darem conta do conteúdo do relatório que vão enviar ao tribunal; nada de novo, insistem no discurso de que os adultos devem mudar, é o que tenho tentado fazer e continuarei a tentar, pelo que sinto pelas minhas filhas. Não posso mudar o que penso, a não ser que também as coisas se vão alterando. Sei que serei pai para sempre, procurarei fazer pelas minhas filhas tudo o que estiver ao meu alcançe pois até acho que faz parte das minhas responsabilidades; as nossas vivências não deveriam ser desta forma, mas também acredito que um dia será diferente. Agora tudo volta a estar nas mãos do Tribunal de Menores, nada mais posso fazer que não seja aguardar, aguardar, aguardar...
Desejo sinceramente que 2010 seja bem diferente.

domingo, 20 de dezembro de 2009

...Um outro Natal sem vocês...

Pois é, está a chegar um novo Natal sem que me seja possível conviver com vocês Ana Rita e Inês. Não sei praticamente nada de vocês porque toda e qualquer informação me é vedada, espero que estejam bem de saúde, que vão vivendo a vossas vidas da melhor maneira possivel, eu sobreviverei. Já vos comprei as prendinhas de Natal, não irei a vossa casa entregá-las pois sei que originaria um clima de tensão e conflitos, não sendo de maneira nenhuma aquilo que pretendo; deixarei as prendinhas em casa do João Preto que é onde vocês vão passar a consoada; este ano decidi comprar-vos algumas roupas, uns livros, bombons, e talvez algumas coisas mais; vocês a mim disseram-me que não queriam nada, mais uma vez fruto de uma grande estupidez e de uma enorme crueldade incentivada por quem diz que gosta de vocês mas que na verdade vos utiliza para me atingir, desculpem mas para mim isso não é gostar. Filhas, talvez um dia tudo seja bem diferente, e eu possa ainda estar feliz com vocês num qualquer Natal do futuro. Por aqui estarei, com esta minha nova familia que me tem acolhido muito bem, vou tendo por cá o calor e apoio necessário nesta minha caminhada que é a vida, vou tentando saber o que se vai passando com vocês, estando sempre disponivel para o necessário, aguardando por dias diferentes.
Na terça-feira demanhã vou ao NUSIAF receber informações acerca do conteúdo do novo relatório que vão enviar ao tribunal de menores, já não acredito em grandes coisas pois definitivamente a justiça não funciona em Portugal, e as instituições não entendem nada de sentimentos ou justiça, vivem os seus métodos ignoram-nos na totalidade, enfim as instituições só servem para elas próprias, não servem os cidadãos nem as suas necessidades, mal empregado dinheiro que gastam, não se traduz em resultados positivos, enfim uma nulidade; esta é a minha opinião actual e se não concordam comigo terão de me conseguir demonstrar o contrário para que eu mude a minha opinião.
Filhas também o novo ano caminha a passos largos, espero que seja melhor que 2009, eu estarei sempre convosco no meu coração, pedindo a Deus que vos faça entender que o pai vos ama e que fará sempre tudo o que estiver ao alcance para vos fazer feliz.
Vocês serão as minhas Filhotasparasempre...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

...esperar, esperarei o tempo que fôr necessário, mas não havia necessidade de ser assim!

Dia 08/12/2009 01:49, aqui estou eu por casa, fazendo esse exercicio tão normal e vulgar em mim que é pensar em vocês. Á tarde falei com vocês pelo telefone, aquele beijito curto de sempre, pois não tem sido fácil passar daí, a Rita normalmente "despacha-me", tal como fez questão de dizer a mãe numa das ultimas sessões no NUSIAF. Lamento que toda esta situação tenha evoluído da forma que evoluíu, nunca foi o que pretendi, gostava que tivesse sido bem diferente, pois todos estariam melhor, não tenho a menor dúvida, mas também não tenho encontrado caminhos para alterar a situação. Mais um natal passará diferente do que desejo, e, embora o passe em família com pessoas que adoro, que me tratam muito bem, em suma que me estão no coração, vai fazer-me falta o vosso sorriso, a vossa alegria... Sei, que onde estão nessa noite estarão bem, espero que apesar de tudo não sintam a minha falta, pois não quero que sofram, perfiro viver esta tristeza sozinho. É muito injusto, o funcionamento dos tribunais e outras instituições que acompanham casos como o meu, já lá vão mais de três anos de angústia, e tristeza, eu não procuro nada de mais, só quero ser pai. Sei que nesta vida, tudo se pagará por cá, talvez eu esteja também a pagar por algo, mas não creio que mereça algo assim tão dificil de suportar. Filhas, Rita e Inês, o pai vai esperar por vocês o resto da vida, e se morrer antes, levar-vos-ei no meu coração, porque vos amo...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

...Outra visão das coisas...

Olá Ricardo, se aqui vieres, quando vieres, este comentário é porque fiquei a pensar em tudo isto com uma outra visão, o meu sofrimento que não é nada tido em conta pelas instituições.
Ao longo do tempo não me tenho preocupado muito comigo, pensei sempre nas minhas filhas e, no superior interesse das crianças... essas coisas bonitas que dizem, mas pelas quais não zelam, falo dos tribunais e das instituições que fazem uma suposta mediação; fui pensando nas crianças e nunca me lembrei do quanto tenho sofrido, porque os métodos têm sido desajustados, não sei se não sabem ou não querem ver, sei também que se forçar muito vão dizer que o problema está nos adultos, que têm ainda problemas por resolver, mas eu pergunto: -Não terei eu direito ao contraditório? será que terei que concordar com metodologias que até hoje não levaram a lado nenhum? Quanto tempo mais terei de esperar que os tribunais e as instituições façam com que se cumpra a lei? Se por um lado se recusam a averiguar dizendo que não lhes compete fazer investigação, por outro cooperam com quem prevarica, e ainda me põem nessa situação que é fazer visitas atrás do vidro, agora ainda ter ainda a mãe ao meu lado, entro a 10 minutos do fim, as minhas filhas rejeitam interacção comigo, e no fim quando se reunem outra vez com a mãe, ela ainda manifesta para com as filhas, uma reacção de carinho, como quem diz: -safaram-se bem parabéns, tudo com a conivência das técnicas; se não é assim que se passa é assim que interpreto.
Talvez, esteja mesmo na hora de dar a conhecer ao mundo o meu caso, porque se os tribunais e as instituições não conseguem cumprir com o seu papel, que seja a opinião publica a fazer o seu juizo, porque aí tudo se leva mais a sério e ao pormenor. É triste que assim tenha de ser, mas já estou cansado de esperar por algo que não acontece, porque não existe vontade nem coragem para tomar as decisões certas, infelizmente assim é no nosso país.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

...porque a vida nem sempre é como pensamos...

Hoje, vou escrever ao cpcj, e também ao tribunal; acho que deverei de vez em quando fazer informação ás instituição que de alguma forma vão acompanhando ou acompanharam o nosso processo. Continuo a achar que violência psicológica é violência, devendo as pessoas que a promovem ser penalizadas ou no caso de estarem doentes devem ser tratadas. Não posso aceitar que se continuem indefenidamente a manipular crianças contra o pai, só porque se tem dele um ódio de morte, os filhos precisam igualmente do pai e da mãe. Não ponho nem nunca pus em causa que possa até ter sido um marido menos bom, aceito, mas não fui nunca um mau pai, como tal não encontro razões para as minhas filhas me tratarem da forma que tratam. Continuo o caminho que é duro, por vezes triste e sem vontade de continuar, mas um novo fôlego regressa sempre, procurando encontrar aquela pequenina luz, que está lá bem no fundo do tunel, que nos faz seguir aos apalpões, por vezes também tropeçando...porque a vida nem sempre é como pensamos...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

...Angustiado...

Hoje estou triste, passou ontem um programa na Sic na Grande Reportagem que me deixou assim, pois relatava a história de duas familias em que existe sindrome de alienação parental e o programa mexeu comigo. Vi o olhar de raiva duma suposta mãe , mas que de mãe não tem nada, e revi-me no pai; senti nesta reportagem que o meu caminho, não está nem de perto, nem de longe a chegar ao fim, senti que as dificuldades continuarão a ser mais que muitas porque infelizmente as insttituições não funcionam em Portugal. Gostaria que todas as instituições pudessem ver o que não conseguem ou não querem ver. Sinto uma revolta interna, gostava imenso de poder fazer alguma coisa mas não sei o que posso fazer, é como se estivesse de pés e mãos atadas. Continuarão a existir e a cometer-se atrocidades como estas contra crianças, promovidas principalmente pelas mães mas também por alguns pais, sem que nada se faça, aos olhos de todos porque infelizmente mesmo aqueles que vêem mais de perto estas situações, evitam meter-se ou intervir porque é mais fácil virar a cara para o lado e evitar o conflito.
Começo a pensar que o melhor caminho, talvez possa ser mesmo, esquecer de vez, fazer mesmo o luto como se as minhas filhas tivessem mesmo falecido, porque sinto que de nada valerá tanta espera e tanto desespero, mas filhas amar-vos-ei para sempre e talvez depois , um dia vos encontre num outro local, numa outra vida...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

...esperando, aguardando, por vezes desesperando...

Já lá vão 5 sessões no Nusiaf e pouco ou nada se conseguiu. Eu até já estou satisfeito em visionar as minhas filhas atrás do vidro, antes eu nem as via. Nesta altura a estratégia é não falarem comigo de maneira nenhuma, evitarem a todo o custo qualquer tipo de interacção comigo; se por um lado é muito triste para mim este tipo de atitude, por outro lado acaba por ser positivo pois finalmente as psicólogas começam a perceber melhor o que se está a passar. Gostava imenso que tudo fosse bastante diferente, não sei mais qual o tipo de reacções que deverei ter com as minhas filhas principalmente com a Rita, pois a Inês limita-se a fazer uma colagem ás atitudes da irmã, mas também já não faço mais qualquer tipo de planos, limito-me a aguardar serenamente por dias melhores. Ao fim de mais de três anos de separação das minhas filhas sinto que muita coisa mudou, principalmente na minha forma de estar na vida, os meus projectos e ambições são bem distintos do que eram há uns tempos atrás. Sei que nada é definitivo na vida e a mim resta-me esperar mesmo que por vezes esperar signifique desesperar.Filhas vocês serão minhas filhas eternamente, mesmo quando eu já cá não estiver, ficarão no meu coração eternamente com toas as vossas virtudes e os vossos defeitos porque é assim que eu penso a minha condição de pai.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

...Um dia especial...

Hoje, é um dia especial, a minha Inês faz anos.
Lembro-me do dia do seu nascimento como se fosse hoje, como era pequenina e frágil mas tão sossegadinha. Eu estava lá, vi o seu nascimento e o primeiro banho seco que se dá ás crianças após o nascimento.Estava frio e na pequenina sala de apoio á sala de partos da maternidade o que aquecia os bebés era uma lâmpada colocada mesmo por cima da banca onde era feita a sua higiene. 7 anos passaram, a Inês é uma menina linda, esperta e espero que feliz apesar de todas estas contrariedades da vida. Todo este processo está encaminhado, espero que se consigam dar passos importantes e positivos, eu estarei empenhado nesse sentido.
Filha, se pudesse hoje adoraria abraçar-te e encher-te de beijinhos neste dia que é de certeza um dia especial para ti.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

...Começo esperado...

Ontem, começaram finalmente as sessões de acompanhamento das visitas.
o resultado correspondeu ás minhas expectativas, não correu como eu queria, mas correu como eu esperava. Aguardar pacientemente é o que vou fazer, nada mais me resta.
Estou sujeito a isto, perder uma das principais fases da vida de minhas filhas, mas para já não é possivel que seja de outra forma; O FUTURO, esse a Deus pertence...
...Quem ama, ama de qualquer forma nem que seja á distância...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

...mais um passo...

Hoje (segunda dia 21 setembro 09), recebi comunicação do tribunal de familia e menores a informar do que se irá passar a seguir, as visitas acompanhadas no NUSIAF. Mantenho uma enorme esperança de que se possa normalizar a situação, mas não ponho a bitola alta demais pois das ultimas vezes tudo saiu trocado.
Sei que tudo o que virá será melhor pois é impossivel de se tornar pior; tenho esperanças mas não tenho expectativas em demasia, o que tiver de acontecer, acontecerá.
É muito triste estar impedido de desempenhar o meu papel de pai, mas sei que com o tempo tudo se tenderá a normalizar. Assim o desejo e assim o espero.
Filhotas estejam onde estiverem, espero simplesmente que estejam bem, ou o melhor possível.
As nossas vivências não deveriam ser desta forma, mas para já não existe a possibilidade de ser de outra forma.
Continuo a amar-vos, e continuarei a amar-vos para sempre...
Só quem me conhece bem consegue entender a minha dôr de não poder desempenhar o meu papel de pai.
Por vezes a vida é dura demais connosco. Não valia a pena!!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

...a vida vai caminhando...

Estamos a 10/09/2009, continuo a aguardar que o futuro possa trazer algo de positivo em toda esta situação.Nesta fase não existem contactos quase nenhuns, mas é complicado forçá-los pois é sempre uma situação constrangedora para mim e para as meninas.
Desejo para elas o que de melhor existe, gostava de fazer muito mais mas não tenho uma fórmula mágica, sinto-me impotente para lidar com esta situação.
Terei que acreditar que a justiça irá vir ao de cimo um dia. Penso que estão bem de saúde, que vão vivendo dia a dia aí na vossa aldeia sem sobressaltos de maior.
Que Deus vos abençoe, que acompanhe todos oas vossos passos.

domingo, 19 de abril de 2009

Irei amar-vos para sempre...

Filhas, a vida tem sido muito complicada, o pai tudo o que pretende é que de alguma maneira possam perceber o quanto eu gosto de vocês, mas não tem sido fácil conseguir com que o percebam, mas eu não vou desistir.
Quando me divorciei da vossa mãe, achei que iria manter com vocês uma relação normal como aquela que mantinhamos até então, eu estava a divorciar-me da vossa mãe e não de vocês mas a verdade é que não consegui que percebessem essa diferença, e com o passar do tempo tenho estado a perder-vos a cada dia que passa, não conseguindo até hoje encontrar o caminho certo para chegar a vocês e ao vosso coração.
Pedi ajuda a dezenas de pessoas, muitas delas até se dispuseram a tentar ajudar, mas houve sempre algumas dificuldades por este ou aquele motivo, mas também não os irei referenciar aqui, pois o que pretendo com este blogue são atitudes positivas e não o lavar de roupa suja que não levará com certeza a lado nenhum.
Quando já não havia mais solução pacífica para o problema, não me restou alternativa, tive que recorrer ao tribunal de menores para que este me ajude a que seja cumprido o acordo de regulação paternal celebrado entre mim e a vossa mãe, pois ela não o está a cumprir, e eu não sinto que esteja a pedir nada de mais, só quero ter uma normal relação com vocês como era até então, não é justo que seja excluído das vossas vidas.
Filhas eu sei que um dia perceberão as minhas razões, não tenho quaisquer dúvidas, mas até lá ainda há um caminho a percorrer e eu precisava que também vocês me ajudassem a encontrar esse mesmo caminho, não é refugiando-se no silêncio que algum dia vomos resolver alguma coisa, Rita eu sei que entendes o que aqui escrevo, a Inês é mais pequena mas um dia também irá perceber.
É claro que vou sabendo mais ou menos dos paços que vão dando nas vossas vidas, porque me preocupo e porque vou procurando saber através das escolas dos professores, de algumas pessoas que vão estando por aí mais presentes nos vossos dia a dia, mas isso não me chega eu quero ser parte activa das vossas vidas, quero estar mais próximo de vocês, saber o que fazem e o que sentem, esse é o papel de um pai, acompanhar-vos sempre nos bons e maus momentos, e por isso irei lutar sempre.
Vocês são e serão para sempre as minhas queridas filhas!

O começo da história...

Este blogue começa, porque tenho duas filhas que amo e com quem praticamente não falo, e sinto necessidade de deixar aqui o meu testemunho na esperança não só de que possa ser um espaço onde as minhas filhas um dia possam perceber o quanto o pai gosta delas, mas também para que possa servir de alguma ajuda a outros pais que possam sofrer com problemas idênticos, talvez o meu testemunho ajude, queira Deus que sim.